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A FILOSOFIA CLÍNICA

    Filosofia Clinica é a filosofia acadêmica adaptada à clinica. É a teoria que se transforma em prática, e consiste na reflexão filosófica acerca das questões que nos incomodam em nossas existências singulares. Retomando a necessidade do diálogo, tão ausente na sociedade contemporânea, essa atividade propõe-se a pensar junto, em disponibilizar-se a refletir sobre a própria existência e possíveis maneiras de torná-la subjetivamente melhor. (Mônica Aiub).

   O objetivo clínico é; “o bem estar subjetivo do partilhante” – aquele que procura auxílio na clínica filosófica, o filósofo clínico não parte de abordagens ou respostas prévias, mas inicia seu trabalho com uma pesquisa sobre os modos de ser próprios do partilhante. Cada pessoa é única e não há um modo de ser absolutamente melhor do que o outro; cada contexto é único e não há respostas que sirvam a todos os contextos. Desta forma, o filósofo clínico, após ter pesquisado os modos de ser, de agir e os contextos de seu partilhante, o auxiliará, tanto quanto possível, a lidar com suas questões, provocando, na clínica, o exercício da reflexão filosófica. (Hélio Strasburgo)

"A Filosofia Clínica é uma práxis de alteridade que trouxe às psicoterapias todas as visões de mundo já pensadas nesses 2500 anos de filosofia. Por se tratar de uma autêntica reflexão aberta, crítica a si mesma, ela é capaz de entender a subjetividade de quaisquer indivíduos sem fugir a uma só manifestação existencial singular de ninguém. Novas filosofias que ainda hão de surgir, endossando possibilidades, só intensificarão seu grau de escuta e o diálogo com as diferenças. Ademais, sempre houve um caráter terapêutico na filosofia, um autêntico cuidar do ser na formação humana desde a Paidéia dos gregos antigos, quando ainda não havia a secção moderna a separar teoria e prática. ". (Will Goya)

 

NO CONSULTÓRIO
   O consultório é uma forma de efetivação das nossas pesquisas. Por meio dele encontramos a pessoa em sua singularidade, em um modo de relação, em uma de suas identidades existenciais. Ir além disso é um dos ofícios que logo aparece. O consultório é o portal, mas também costuma ser a menor parte de tudo o que se desenha a começar de então. (L. Packter)

         Há situações na vida que nos desestabilizam, que nos provocam de modo tal que parecem “retirar nosso chão”. Não sabemos mais quem somos, como agir, o que fazer. Nesses momentos, sentimo-nos como se nossa autonomia, nossa capacidade de decisão e escolha nos fosse retirada. Alguns, nesses momentos, desesperam-se; outros buscam respostas prontas, nem sempre adequadas à sua situação.
    Em situações como essas e outras, algumas vezes precisamos de ajuda. Mas que tipo de ajuda? Talvez um amigo que nos ouvisse, sem nos interromper para mostrar que suas feridas são maiores que as nossas; um amigo capaz de acolher e ouvir, sem de imediato dizer que estamos errados, que a vida não é assim, que sonhamos demais, que pensamos demais, que escolhemos demais, que trabalhamos demais, que somos demasiadamente tortos, rudes, loucos, insanos, insensatos, insensíveis; que falta-nos vontade, razão, sensibilidade, exatidão, loucura também; que estamos errados, que somos egoístas, que o caminho certo é outro... Julgamentos e observações que recebemos, mas que ao invés de nos ajudarem, nos provocam mais sofrimento. Pessoas em situações como essas têm procurado ajuda nos consultórios de Filosofia Clínica. Essas pessoas buscam re-encontrar sua autonomia, organizar suas idéias para que possam pensar, avaliar as situações por si mesmas e, a partir disso, orientar suas decisões, escolhas, ações e posicionamentos. Procuram no filósofo clínico esse ouvinte atento, com abertura suficiente para não julgar, com disposição para provocar o pensar sem aconselhar, sem apresentar respostas prontas. Alguém com quem se possa pensar junto. (Mônica Aiub)

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